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Rui critica mudanças no projeto antifacção e afirma que relator quis “afrouxar combate ao crime organizado”

O ministro destacou que as mudanças promovidas pelo relator desfiguram o propósito inicial do governo federal

Foto: Panorama da Bahia

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por Redação

O ministro da Casa Civil e ex-governador da Bahia, Rui Costa (PT), criticou nesta sexta-feira (14) a condução do projeto de lei antifacção na Câmara dos Deputados. A proposta, enviada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teve sua votação adiada pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), após alterações feitas pelo relator, deputado Guilherme Derrite (PP-SP). Segundo Rui Costa, as mudanças promovidas por Derrite desfiguram o propósito inicial do governo federal de fortalecer o enfrentamento ao crime organizado.

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“O presidente da Câmara articulou com o governador de São Paulo, para o secretário de segurança, se licenciar e virar o relator. Ele adotou medidas, para diminuir a possibilidade de atuação da Polícia Federal contra o crime organizado. Diminuir o orçamento da Polícia Federal. Ninguém está entendendo nada. Ou seja, se era um projeto de lei para combater o crime, o relator está adotando um texto que afrouxa com o crime, que relaxa as medidas de ação contra o crime”, disse Rui durante coletiva de imprensa na entrega da Comenda 2 de Julho ao presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Wilson Cardoso (PSB), na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).


Questionado sobre o ponto defendido pela oposição ao governo no Congresso, que prevê enquadrar facções criminosas como organizações terroristas, Rui Costa avaliou que o tema tem mais caráter político. “Inclusive o exército se manifestou essa semana, o risco de, ao caracterizar como terrorismo, atrair medidas internacionais prejudiciais ao Brasil. Então, isso aí está muito mais no âmbito da política e não da rigidez de como tratar o crime. A rigidez está na proposta, nas medidas adotadas e tem que ser aprovada. É o nosso ver, como a PEC também está lá há meses e até agora não foi aprovada”, completou o ministro.

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