Durante uma visita técnica à construção da nova fábrica da BYD em Camaçari nesta segunda-feira (2), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, abordou o polêmico caso dos respiradores comprados na pandemia, que ainda gera repercussões. “Vivemos um momento difícil, e enquanto muitos lutavam para salvar vidas, outros aproveitaram para roubar. É inaceitável que envolvidos em fraudes durante a pandemia estejam livres hoje”, disse Rui Costa, expressando sua frustração com a falta de resolução do caso e o tratamento judicial dado aos acusados.
Rui Costa questionou as ações das autoridades judiciais que lidaram com o caso. “Quero entender o que motivou a soltura daqueles que claramente prejudicaram o povo baiano e nordestino ao roubar recursos durante um período tão crítico”, declarou o ministro, referindo-se ao incidente que envolveu o pagamento antecipado de milhões por respiradores que nunca foram entregues.
Entenda
O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga o inquérito que detalha como o Consórcio Nordeste, sob presidência de Rui Costa na época, fez um pagamento antecipado de R$ 48 milhões a uma empresa de cannabis medicinal sem receber os 300 respiradores prometidos. As negociações, conduzidas precariamente por WhatsApp, resultaram em um prejuízo monumental sem qualquer garantia ou recebimento dos equipamentos. Carlos Gabas, ex-ministro e secretário-executivo do consórcio, foi um dos principais responsáveis, tendo assinado a nota fiscal que falsamente afirmava a recepção dos respiradores “em perfeitas condições”. O TCU e o procurador Sérgio Caribé apontam falhas graves na gestão dos recursos e na legalidade das ações tomadas pelo consórcio.
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