Foto: Panorama da Bahia
O deputado estadual Rosemberg Pinto (PT) criticou o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), após ele tentar desqualificar a Polícia Federal ao comentar a citação do presidente do seu partido, Antônio Rueda, na Operação Carbono Oculto. A investigação apura a infiltração do PCC no setor de combustíveis e em fundos de investimento. Para o parlamentar, a postura do prefeito é “grave” e representa um ataque injustificado à instituição.
Rosemberg destacou que a situação se torna ainda mais delicada diante das revelações de que Rueda teria atuado como intermediário na venda de uma empresa de gás ligada a suspeitos de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro para o PCC. “Quer dizer que, para defender o presidente do seu partido de sérias acusações de envolvimento com o crime organizado, o prefeito da terceira maior capital do país acusa, sem provas, a Polícia Federal de perseguição? Isso não pode ser sério”, disse o deputado.
Para o petista, Bruno Reis tenta desviar o foco dos problemas enfrentados pela população de Salvador. Ele citou falhas na saúde básica, ruas com buracos e má iluminação, além das denúncias envolvendo o chamado “bolsa-pistolão”, suposto esquema de custeio de doutorados para aliados com recursos públicos. “O próprio prefeito precisa explicar quem paga o doutorado que ele faz em Brasília”, cobrou o parlamentar.
Rosemberg afirmou ainda que insinuar perseguição política por parte da PF “ultrapassa todos os limites da razoabilidade”. Segundo ele, a corporação tem atuado com autonomia para investigar crimes de alto impacto. “O prefeito deveria ter mais cuidado com o que fala. O que será que ele e Rueda sabem que tanto os preocupa?”, questionou, reforçando o tom de cobrança.
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