O líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), Rosemberg Pinto (PT), comentou, em entrevista nesta terça-feira (10), as tratativas realizadas na reunião entre o governo baiano e a Petrobras, no Rio de Janeiro. A conversa, que contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, tratou da retomada de ativos estratégicos, como a refinaria Landulpho Alves e a Petroquímica, além de discutir o acordo ambiental firmado.
Na reunião, foi assinado um Termo de Compromisso Socioambiental, com valor de R$ 188 milhões, destinado à conversão de multas ambientais em ações socioambientais no estado. Parte desse montante, R$ 47 milhões, será direcionado ao Fundo Estadual de Meio Ambiente, enquanto o restante será aplicado em saneamento ambiental, consolidação de territórios protegidos e governança ambiental na Baía de Todos os Santos.
Ao Panorama da Bahia [assista abaixo], Rosemberg enfatizou a importância da retomada da refinaria Landulfo Alves para o fortalecimento econômico da Bahia. Segundo o deputado, a refinaria está operando com apenas 55% de sua capacidade, enquanto outras unidades no Brasil operam a 95%. “É fundamental para a Bahia que esse equipamento funcione em plena capacidade, gerando mais recursos, produtos e ICMS para o nosso estado”, destacou o parlamentar.
Além da refinaria, Rosemberg também mencionou as discussões sobre a retomada da petroquímica, com a Petrobras avaliando o ativo da Braskem, não só na Bahia, mas em outros estados e fora do Brasil. Ele ressaltou que a recomposição do setor petroquímico é estratégica para a economia baiana, já que traria novos investimentos e ampliaria as oportunidades de crescimento no estado.
Privatização
A venda da refinaria Landulpho Alves ao fundo Mubadala Capital, aconteceu em 2021, durante a gestão Bolsonaro. Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), a refinaria foi vendida abaixo do valor de mercado, num momento de retração econômica global devido à pandemia de Covid-19. A desvalorização dos principais indicadores econômicos afetou negativamente o valor de venda da refinaria.

O relatório da CGU aponta que a negociação com o fundo de Abu Dhabi, pertencente à família real dos Emirados Árabes Unidos, prejudicou o Brasil ao não aproveitar o potencial real da refinaria. Para o líder do governo na ALBA, a retomada dessa estrutura é essencial para recuperar a capacidade de produção da Bahia e garantir mais geração de receita para o estado.
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