O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quinta-feira (12), em São Paulo, que o retorno do horário de verão é uma “possibilidade real”. A medida, que foi suspensa em 2019, está sendo estudada para avaliar seus impactos no consumo de energia, especialmente no aproveitamento da luz natural em relação à artificial. No entanto, o ministro alertou que a decisão envolve implicações econômicas e energéticas, e não pode ser tomada de forma precipitada.
“O horário de verão é uma possibilidade real, mas não é um fato porque tem implicações, não só energéticas, mas também econômicas”, afirmou Silveira, ressaltando a importância da medida para reduzir o uso de usinas térmicas nos horários de pico. Ele também confirmou que pediu ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e à Secretaria Nacional de Energia Elétrica para apresentarem um plano de contingência para o verão de 2024/2025, visando a segurança energética do país.
O ministro também destacou que estudos preliminares mostram que o horário de verão gera benefícios para setores como turismo, bares e restaurantes, além de contribuir para a economia de energia nos horários de maior consumo. “Se necessário, não tenham dúvida de que voltaremos com o horário de verão”, completou Silveira, sinalizando que a medida poderá ser reativada se for comprovada sua eficácia.
Suspenso em 2019, o horário de verão foi uma política vigente no Brasil por várias décadas, com o objetivo de reduzir o consumo de energia elétrica nos meses de maior luminosidade. Antes de sua revogação, a medida era aplicada nos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, mas foi extinta sob o argumento de que a economia gerada não era mais significativa.