Reorganizando Lauro de Freitas, Débora manda recado: “Quem torce contra vai ter que beijar no ombro”

Prefeita fala em ano desafiador, cobra paciência e reafirma compromisso com responsabilidade fiscal

Foto: Luciano Barreto/Panorama da Bahia
Foto: Luciano Barreto/Panorama da Bahia

A prefeita de Lauro de Freitas, Débora Regis (União Brasil), comentou nesta sexta-feira (30) os primeiros cinco meses de sua gestão e reconheceu que a cidade ainda enfrenta sérias dificuldades financeiras. Em entrevista ao Panorama da Bahia durante a festa dos agentes de limpeza do município, ela afirmou que os esforços da administração estão concentrados na reorganização da estrutura administrativa e no controle das contas públicas. “Está bem difícil. Nós pegamos uma cidade cheia de dívidas”, declarou.

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A declaração da prefeita veio após a Secretaria da Fazenda apresentar, na última semana, o relatório de receitas e despesas do primeiro quadrimestre de 2025. O documento apontou um passivo de R$ 697 milhões com o INSS, além de outras dívidas com a Receita Federal, Coelba e Embasa. Débora também ressaltou que o índice de gastos com pessoal está em 58%, acima do limite prudencial definido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o que limita ainda mais a capacidade de investimento do município.

“Sabemos que a classe política fica bem chateada, mas existe um CPF por trás disso, que é o meu, e eu preciso zelar por ele até o último momento deste mandato”, afirmou. A prefeita pediu paciência à população e aos aliados, reforçando que seu governo está focado em um projeto de reconstrução aprovado pela população nas urnas. “A população decidiu no dia 6 de outubro que quer mudança, e de fato estamos fazendo isso”, completou.

Mesmo diante das dificuldades, Débora destacou que o município já iniciou entregas importantes e tem buscado parcerias para viabilizar novas ações. Segundo ela, o governo tem contado com apoio do deputado estadual Pedro Tavares (União Brasil), do ex-deputado federal Cacá Leão (PP) e do deputado federal João Leão (PP), que vem auxiliando na articulação de recursos em Brasília. “Graças a Deus conseguimos trazer vários recursos para o município que, nos próximos meses, vamos começar a botar em prática”, declarou.

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A prefeita afirmou ainda que o momento exige responsabilidade, especialmente com a situação fiscal, mas que está determinada a reorganizar a cidade. Ela também ressaltou que a reconstrução da cidade exige trabalho coletivo e paciência. “Estamos organizando a casa, é um ano muito difícil, um ano desafiador, mas tudo vai se encaixar no momento devido”, afirmou. E concluiu: “Quem torce contra vai ter que beijar no ombro e dizer: não deu errado”.

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