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Programa do Sebrae incentiva empreendedorismo feminino, acesso a crédito assistido e capacitações

Parceria do governo federal e Sebrae prevê aval de até 80% em empréstimos para empresas com mulheres em seu quadro societário

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Em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres, o governo federal lançou, nesta terça-feira (8), o projeto Brasil Pra Elas, iniciativa com apoio do Sebrae que conta com diversas frentes de atuação para incentivar o empreendedorismo feminino.

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Entre os principais objetivos estão a promoção de um ambiente favorável às mulheres nos negócios, tais como acesso ao crédito, à informação, à capacitação, à independência financeira, à rede de apoio para jornadas duplas, entre outros.

Além do Sebrae, o Brasil Pra Elas vai reunir ministérios, bancos públicos e de desenvolvimento – como Caixa, Banco do Brasil, Banco da Amazônia e Banco do Nordeste –, que vão atuar nos pontos que dificultam a entrada e a permanência das mulheres no mercado empreendedor.

Estão previstas ações como a nacionalização do programa Sebrae Delas, focado na capacitação e no fortalecimento de mulheres empreendedoras; incentivos para acesso ao crédito com foco nas empresas com mulheres em seu quadro societário, com 80% de aval no Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe) e crédito assistido; realização de caravanas por todo o Brasil para criar uma rede de apoio nos estados e municípios.

De acordo com o presidente do Sebrae, Carlos Melles, os números do empreendedorismo feminino são significativos, mas podem se tornar ainda melhores com políticas públicas direcionadas. “De cada dez negócios no Brasil, três são liderados por mulheres. Quando tratamos de Microempreendedores Individuais (MEI), a participação chega a 48%. Temos mais de 30 milhões de empreendedoras”, observou.

Para Melles, ações como o Sebrae Delas, que já atendeu, desde 2019, mais de 50 mil mulheres com cursos, mentorias e capacitações customizadas – que consideram os obstáculos culturais enfrentados por esse público – voltadas a impulsionar negócios femininos, são o caminho para fomentar um ambiente de negócios mais igualitário. “Não falta competência às mulheres para empreender, o problema é que sobram barreiras culturais, que vêm de estereótipos enraizados na nossa cultura. A boa notícia é que cultura a gente muda com diálogo e políticas públicas”, argumentou.

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