A greve dos professores da rede municipal de Salvador chegou aos dois meses no último domingo (6), evidenciando o impasse entre a categoria e a prefeitura. A principal reivindicação é o cumprimento do piso nacional do magistério, de R$ 4.867,77, que, segundo a APLB Sindicato, não está sendo pago corretamente. Cerca de 131 mil estudantes seguem sem aulas, reflexo direto da falta de solução para o problema.
Os professores denunciam que a gestão municipal utiliza gratificações e bonificações para simular o cumprimento do piso, prática que não respeita a legislação. Além da remuneração, os educadores pedem condições básicas para o exercício da profissão, como salas de aula climatizadas, materiais pedagógicos adequados e reconhecimento profissional. “A luta é por dignidade e respeito com quem garante o direito à educação”, afirmam lideranças sindicais.
Apesar de a prefeitura ter aprovado um reajuste em maio, a categoria sustenta que o valor ainda não atinge o piso nacional de forma integral. A falta de diálogo efetivo e de avanços concretos na negociação tem mantido a paralisação ativa, com os professores firmes na defesa dos seus direitos.
Nesta segunda-feira (7), os educadores discutiram a nova proposta da gestão, que inclui gratificações, ajuda de custo para quem atua nas ilhas e o cancelamento das faltas mediante reposição das aulas. No entanto, a categoria segue mobilizada até que suas reivindicações sejam plenamente atendidas e o piso seja pago com transparência e justiça.