Foto: Redes sociais
O Ministério Público da Bahia (MPBA) abriu uma investigação para apurar denúncias de interferência política e irregularidades no processo seletivo para contratação de atendentes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em Canavieiras, no sul do estado. O caso envolve o presidente da Câmara Municipal, vereador Ronald Souza, conhecido como Roni da Pesca (Avante), o prefeito Paulo Carvalho (Avante) e a ex-secretária municipal de Saúde, Diala Magalhães.
De acordo com o MPBA, a apuração foi motivada por denúncias de candidatos que participaram da seleção e relataram favorecimento a nomes indicados pelo vereador. Os denunciantes afirmam que esses candidatos teriam recebido pontuações superiores sem justificativa, contrariando critérios previstos no edital. Além disso, o resultado final foi divulgado sem possibilidade de recurso, o que impediu a contestação das notas atribuídas. O órgão também constatou que uma das principais candidatas não recebeu pontuação em uma das etapas, enquanto outro participante alegou que os documentos entregues não foram contabilizados.
O inquérito apontou ainda que candidatos aprovados receberam notas idênticas, de 70 pontos, mesmo sem experiência comprovada na função, e precisaram ser enviados para treinamento em outro município. Outro indício de irregularidade foi a convocação de um candidato não listado entre os aprovados, além da publicação tardia de informações importantes, como o valor do salário. Diante das suspeitas, o MP recomendou a suspensão do processo seletivo e a revisão dos resultados, medida que, segundo o órgão, não foi acatada pela prefeitura. O caso está sendo analisado pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e tramita sob segredo de justiça.
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