O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deputado Adolfo Menezes (PSD), justificou nesta terça-feira (28) sua decisão de bloquear o acesso dos servidores às galerias do plenário durante a votação do Projeto de Lei que estabelece um reajuste de 4% sobre os vencimentos, subsídios, soldos e gratificações dos servidores ativos, inativos e pensionistas da administração direta, autarquias e fundações do Poder Executivo, explicando que a medida foi tomada para evitar problemas já ocorridos em sessões anteriores com grande aglomeração de pessoas.
“Já tivemos problemas graves em votações polêmicas, como esta que diz respeito ao aumento do funcionalismo público. Embora seja um percentual pequeno [4%], foi o que o governador pôde conceder. Com muita gente aglomerada, já enfrentamos dificuldades. Para evitar isso, disponibilizamos telões ao lado do plenário e abrimos o auditório, que comporta mais de 400 pessoas. Todos puderam participar da sessão”, afirmou Menezes. Ele agradeceu aos deputados e ressaltou que a decisão visou garantir a paz durante a votação. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
A medida gerou críticas de alguns deputados, que acusaram Adolfo de agir de forma “ditatorial”. Em resposta, o presidente da ALBA minimizou as críticas, afirmando que alguns colegas fazem discursos populistas para que acreditem no que eles dizem. “Não é ditatorial. Na Câmara Federal e no Congresso Nacional, as galerias são fechadas, com vidros blindados. Aqui, os manifestantes assistiram à sessão pelos telões em todas as dependências. Prefiro que tenha sido assim e terminado em paz do que termos problemas, como já ocorreu em votações anteriores, onde policiais civis entraram no plenário de forma violenta. Para evitar isso, tomamos essa decisão”, explicou.
Adolfo Menezes mencionou que, na semana anterior, manifestantes atrapalharam as sessões com vaias e xingamentos, impedindo os deputados de opinarem e discursarem. “Para evitar que isso acontecesse novamente, preferimos restringir o acesso direto às galerias. Ninguém pode dizer que não teve acesso, pois tudo foi mostrado nos telões”, concluiu o presidente da ALBA.
Assista entrevista abaixo: