O Fórum Nacional da Enfermagem decretou, na segunda-feira (30), que a enfermagem iniciará um processo de mobilização que pode levar à paralisação em 14 de fevereiro, e greve, a partir de 10 de março, caso o reajuste ainda não esteja no contracheque da categoria. Desde que a lei do piso foi aprovada no Congresso, têm surgido entraves para sua implementação.
A lei do piso salarial da enfermagem se encontra suspensa desde 4 de setembro, por conta da suposta falta de verbas para o custeio do reajuste, e continua sem prazo definitivo para entrar em vigor.
A coordenadora do Fórum Nacional da Enfermagem, Líbia Bellusci, afirmou no início da semana, que a categoria pode precisar entrar em greve. “Se até o dia 10 de março, não tiver tudo resolvido para o piso salarial digno chegar no contracheque da enfermagem brasileira, a enfermagem vai parar. E no dia 14 de fevereiro, a enfermagem brasileira vai mostrar a sua força nas ruas”, garantiu Bellusci.
Mesmo com articulação e mobilização da categoria para cumprir todas as exigências impostas no legislativo e no judiciário, sempre surge uma nova exigência. Embora eles façam parte da burocracia legal, os profissionais de saúde estão perdendo a paciência, sentem que “estão sendo enrolados”, e querem repetir a pressão da paralisação ocorrida em 21 de setembro.
No entanto, a pressão no Judiciário continua por parte do setor patronal que se recusa a pagar o piso, alegando que “vai quebrar”, assim como a Confederação Nacional de Municípios (CNM) critica o Ministério da Saúde por não incluí-los no debate do financiamento do piso. A intenção da enfermagem é fazer um grande ato em Brasília, em frente ao Ministério da Saúde, além das mobilizações estaduais.