A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer para manter a prisão preventiva do general Braga Netto, acusado de participar de um plano golpista durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Para o procurador-geral Paulo Gonet, “as tentativas do investigado de embaraçar a investigação denotam a imprescindibilidade da medida extrema”.
O general foi preso no sábado (14) por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado. A Polícia Federal aponta que Braga Netto tentou acessar dados sigilosos da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, além de ser identificado como um dos articuladores do plano golpista.
A defesa de Braga Netto pediu ao STF a substituição da prisão por medidas cautelares, alegando que os fatos são antigos e não justificam a detenção. No entanto, Gonet argumentou que a prisão é necessária para garantir a ordem pública e evitar riscos de continuidade delitiva por parte do investigado.