Foto: Panorama da Bahia
O ex-presidente do Esporte Clube Vitória, Paulo Carneiro, defendeu a transformação do clube em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e destacou a possível candidatura do ex-jogador e deputado estadual Marcone Amaral (PSD) à presidência do Rubro-Negro. Carneiro avaliou o momento do clube e afirmou que o Vitória está “atrasado” em relação à profissionalização da gestão esportiva. “Há 25 anos atrás o Vitória virou um S/A. Na época não existia SAF porque não existia a lei do futebol, que veio para estimular a chegada dos investidores no futebol. Mas nós tínhamos a primeira S/A do futebol brasileiro. Portanto, eu vivi essa experiência de atrair investidores para o Vitória”, disse.
Paulo Carneiro ressaltou em entrevista exclusiva ao Panorama da Bahia, que o clube deveria ter se adiantado ao movimento nacional e que hoje precisa buscar um grande investidor. “Eu acho que o Vitória já está atrasado. O Vitória é para estar saindo na frente de todos com a experiência vivida de anos atrás e já perdeu muito tempo em relação ao momento atual do futebol brasileiro. O Vitória precisa mais do que nunca de atrair um grande investidor porque o Vitória durante esses anos todos construiu seu patrimônio, sua infraestrutura, está pronto para receber um grande investidor”, disse.
O ex-presidente lembrou ainda que o clube perdeu parte da tecnologia e da estrutura esportiva que o tornaram referência na formação de atletas. “Perdeu um pouco de tecnologia de futebol. Quando nós trouxemos a S/A há 25 anos atrás, o mote de atração era a nossa formação, a tecnologia de futebol que nós tínhamos embarcada dentro do clube. Nós perdemos isso ao longo dos anos. Voltamos a ser um time de aluguel. Então, o Vitória precisa recuperar a tecnologia perdida e atrair um grande investidor”, pontuou.
Paulo Carneiro afirmou que a SAF representa o futuro do futebol brasileiro e destacou o exemplo do Bahia após a parceria com o Grupo City. “No caso do Bahia, ainda atraiu tecnologia de futebol, que o City hoje exporta para o mundo inteiro. O Vitória precisa recuperar essa tecnologia e atrair um grupo investidor que esteja, se possível, com essa tecnologia embarcada. Para poder atrair não só o capital, mas também o negócio, o futebol, na sua essência”, avaliou.
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Carneiro também afirmou que acompanha há anos o interesse de Marcone em ajudar o clube e acredita que sua candidatura pode concretizar um novo ciclo no Vitória. “Eu converso com ele há muitos anos. Ele foi meu atleta no Vitória e há muito tempo expressava essa preocupação de que o clube não poderia perder o bonde da história, porque, como a gente diz, o cavalo passa selado e às vezes não volta. Quando eu vejo notícias dando conta da sua possível candidatura a presidente do Vitória, vejo que a inquietude dele está se transformando em uma coisa concreta”, concluiu.
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