Foto: Antonio Queirós/CMS
Após a Câmara Municipal de Salvador aprovar quatro projetos de lei enviados pela Prefeitura, nesta quarta-feira (22), a bancada de oposição se posicionou contra todas as propostas. Para os oposicionistas, os textos tratam de temas estratégicos que deveriam ser discutidos de forma conjunta dentro da revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU).
A líder da oposição, vereadora Aladilce Souza (PCdoB), afirmou que a votação isolada dos projetos representa um “fatiamento” das políticas de desenvolvimento da cidade e criticou a falta de participação popular no processo. “Portanto, não deveriam ter sido votadas em separado, com um fatiamento da política de desenvolvimento da nossa cidade. A Câmara, por exemplo, não fez o seu dever de casa de não abrir o amplo debate com a sociedade”, disse.
O vereador Hamilton de Assis (PSOL) reforçou as críticas, destacando o risco de privatização do sistema de abastecimento de água e esgoto com a aprovação do projeto que institui a Política Municipal de Saneamento Básico. Segundo ele, o texto abre brechas para que a iniciativa privada assuma serviços essenciais.
Aladilce também classificou como um “jabuti”, termo usado no meio legislativo para designar inserções estranhas ao tema principal, uma emenda ao Projeto de Lei nº 424/25, que trata de alterações na Lei de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo (Louos). De acordo com a vereadora, a mudança gerou insegurança na bancada de oposição, impedindo um voto favorável.
Apoie o Panorama da Bahia com qualquer valor e ajude a manter a integridade da nossa linha editorial: pix@panoramadabahia.com.br
