O Superior Tribunal de Justiça (STJ) revogou, nesta terça-feira (8), o uso da tornozeleira eletrônica da desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, investigada pela Operação Faroeste, por integrar um suposto esquema de venda de sentenças judiciais na Bahia.
Segundo o ministro Og Fernandes, relator do caso, a decisão foi tomada porque Maria do Socorro tem colaborado com o processo e não violou a monitoração eletrônica ou qualquer outra medida que foi determinada a ela, diz o documento de revogação da medida cautelar.
Maria do Socorro segue afastada do cargo e sob investigação. Ela está proibida de entrar no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), de manter contato com outros acusados e com servidores ou terceirizados do TJ-BA.
A desembargadora foi presa em novembro de 2019, em um dos desdobramentos da Operação Faroeste. Ela foi levada para o Presídio da Papuda, em Brasília, onde ficou detida até junho de 2021, quando o STJ revogou a prisão.
Operação Faroeste
A investigação da Operação Faroeste aponta a existência de um suposto esquema de venda de decisões judiciais por juízes e desembargadores da Bahia, com a participação de membros de outros poderes, que operavam a blindagem institucional da fraude.