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Operação ‘El Patron’ desarticula milícia liderada por deputado em Feira de Santana

Quinze foram denunciados pelo MP por crimes de lavagem de dinheiro, extorsão e agiotagem

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Matéria atualizada às 15h55 de 07/12/2023, para incluir nota de Binho Galinha e ALBA.

Nesta quinta-feira (7), uma operação conjunta envolvendo o Ministério Público estadual (MP-BA), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), Polícia Federal, Receita Federal e a Força Correcional Integrada da Secretaria de Segurança Pública (Force/Coger/SSP) resultou na deflagração da Operação ‘El Patron’. O alvo principal foi o deputado estadual Binho Galinha (Patriota) [foto abaixo], apontado como líder de um grupo miliciano atuante na região de Feira de Santana.

De acordo com o MP-BA, o parlamentar é acusado por crimes de lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada. Seis pessoas foram presas preventivamente e cumpridos 35 mandados de busca e apreensão, incluindo a casa e fazendas do deputado. Ele e mais 14 pessoas foram denunciadas pelo MP-BA, entre elas policiais militares [veja nomes abaixo]. Foram apreendidos documentos, pasta de cocaína, armas e munições.

 

Deputado Estadual Binho Galinha (Patriota).

A denúncia foi recebida pela Justiça, que determinou a pedido do MP-BA o bloqueio de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 26 imóveis urbanos e rurais, sendo dez fazendas, nove casas, quatro terrenos, dois apartamentos e uma sala comercial, quatorze veículos, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas.

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Durante as investigações, revelou-se que a organização criminosa realizou, em uma década, movimentações bancárias superiores a R$ 100 milhões de reais, total transferido diretamente ao longo do tempo pelos investigados e por empresas constituídas com o intuito de garantir aparência de licitude aos recursos movimentados.

Segundo a denúncia, o grupo contaria, ainda, com a participação de policiais militares do estado da Bahia, os quais integrariam o braço armado da organização criminosa, com atribuições de efetuar cobranças, mediante violência e grave ameaça, de valores indevidos oriundos de jogatinas e empréstimos a juros excessivos.

A megaoperação mobilizou aproximadamente 200 agentes públicos, incluindo policiais, delegados, promotores de Justiça e auditores fiscais, com apoio do Comando de Operações Táticas (COT), Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal (GPI), Gaecos Regionais Norte e Sul, e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

Confira os nomes dos denunciados

Kléber Cristian Escolano de Almeida (Binho Galinha), Thierre Figueiredo Silva, Nilma Carvalho Pereira, Ruan Pablo Pereira Carvalho, Alexandre Pereira dos Santos, Washington Martins Silva, Vagney dos Santos Aquino, Roque de Jesus Carvalho, Bruno Borges França, Kleber Herculano de Jesus, Mayana Cerqueira da Silva, João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano, Jorge Vinícius de Souza Santana Piano, Jackson Macedo Araújo Júnior e Josenilson Souza da Conceição. Os seis últimos foram presos nesta manhã.

Em nota, o deputado Binho Galinha se pronunciou:

“Tendo em vista as denúncias feitas pelo Ministério Público Estadual (MPE) e que a pedido da Justiça estão sendo apuradas, com ações no dia de hoje (07) pela Policia Federal, Receita Federal, e o próprio MPE em Feira de Santana e região, o deputado estadual Binho Galinha vem a público esclarecer que está a inteira disposição da Justiça da Bahia, e que tudo será esclarecido no momento próprio. Mantemos nossas atividades pessoais e legislativas sem alteração. Confio na Justiça e estou à disposição para dirimir dúvidas e contribuir quanto a transparência dos fatos. No mais dizer que nosso jurídico está tomando as devidas providências para junto a Justiça prestar os esclarecimentos.”

A Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) afirmou não ter sido informada nem envolvida na Operação da Polícia Federal ocorrida nesta quinta-feira. Esclareceu que as investigações são exclusivamente policiais e, se notificada, responderá prontamente. Além disso, salientou que seu Regimento Interno não estipula sanções a parlamentares durante investigações em curso.

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