“O número de crianças mortas em Gaza ultrapassa o número de crianças mortas na Ucrânia, mas não vemos a mesma reação” afirmou o primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrageiros do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, em Doha.
De acordo com informações da RTP e Reuters, Al Thani acrescentou que “todas as vidas humanas são preciosas” e “não podemos condenar a perda de vidas de um lado e lutar do outro”.
Segundo o primeiro-ministro do Catar, as negociações com os reféns estão ocorrendo. “Se compararmos o ponto em que estamos com o ponto em que começamos, há progressos. Estamos esperançados e se conseguirmos ir mais longe, veremos algum avanço em breve”.
Para Al-Thani, “a única forma de chegar a uma solução pacífica em Gaza é manter os canais de comunicação abertos”.
No entanto, o governante adverte contra a possibilidade de “mergulhar toda a região no caos”, o que poderá dar origem a “uma crise insuportável”.
Mortes em 24 horas
O Ministério de Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas, disse que ataques aéreos israelenses mataram pelo menos 704 pessoas, a maioria mulheres e crianças, nas últimas 24 horas.
Em comunicado, o ministério disse que os ataques causaram o desabamento de prédios residenciais, causando em alguns casos a morte de dezenas de moradores, inclusive no Sul da Faixa de Gaza nas cidades de Rafah e Khan Younis, para onde Israel ordenou que os moradores do norte do enclave se deslocassem, alegando maior segurança.