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“Não sou prostituta de cargo”, dispara Leão em resposta a Geddel sobre impasse no PP

Ex-vice-governador rebate críticas e lembra episódio das malas de R$ 51 milhões atribuídas ao ex-ministro

Fotos: Reprodução
Fotos: Reprodução

O ex-vice-governador da Bahia e deputado federal João Leão (PP) reagiu com dureza às declarações do ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) sobre o suposto impasse envolvendo a posição do Progressistas na base do governador Jerônimo Rodrigues. Leão, que já presidiu o PP na Bahia, ironizou as acusações de Geddel, lembrando o episódio das malas com R$ 51 milhões atribuídas ao ex-ministro. “Sou Progressista, do PP, e não sou prostituta de cargo, nunca reivindiquei nada, ao contrário, sempre me ofereceram os cargos, como continuam oferecendo e não aceito. Não tenho rabo de palha”, disparou Leão.

Na mesma fala, Leão fez questão de reforçar o distanciamento em relação ao MDB e ao PT, partidos que, segundo ele, Geddel deveria focar em administrar. “Vá tomar conta do seu ‘PT e do seu MDB’. Está com ciúmes? Vá cuidar das suas malas perdidas”, completou o deputado, em referência ao escândalo das malas de dinheiro encontradas em um apartamento de Salvador em 2017, caso que envolveu o ex-ministro.

A polêmica começou após Geddel, em entrevista, criticar a postura do PP na Bahia, sugerindo que o partido estaria tentando “ficar com um pé em cada canoa” sem firmar compromisso para 2026. Ele também apontou que o Progressistas tem mantido posições estratégicas no governo, como diretorias no Detran, ao mesmo tempo em que não define claramente seu apoio para as próximas eleições.

Leão rebateu a insinuação de que o PP estaria em busca de cargos e deixou claro que não aceitou ofertas para integrar a base governista. “Sempre me ofereceram os cargos e não aceito”, reiterou, afastando as acusações de oportunismo. A declaração de Geddel, segundo a qual o PP estaria interessado no controle da Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb), que hoje é comandada pelo primo de Geddel, Jayme Vieira Lima Filho, também foi motivo de tensão.

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O embate entre os dois políticos ocorre em um contexto de reorganização das alianças políticas na Bahia, especialmente com a reforma administrativa que o governador Jerônimo Rodrigues pretende realizar em breve. O Progressistas, embora ainda presente na base governista, tem enfrentado pressões para definir sua posição a longo prazo, especialmente em relação à eleição de 2026, quando novos acordos e alianças políticas serão fundamentais.

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