“Não é verdade que estatais tiveram déficit recorde”, afirma Haddad

Ministro da Fazenda contesta levantamento do Banco Central e destaca investimentos realizados por empresas públicas

Foto: Fabio Pozzebom/Ag. Brasil
Foto: Fabio Pozzebom/Ag. Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou nesta segunda-feira (30) que as empresas estatais tenham registrado um déficit recorde, como apontado pelo Banco Central. Segundo o levantamento, 13 estatais não dependentes do Tesouro apresentaram déficit de R$ 6,04 bilhões de janeiro a novembro deste ano. Haddad explicou que investimentos realizados pelas empresas podem ser registrados como déficit na contabilidade pública, mas não representam prejuízo real. “Às vezes, a contabilidade das estatais não é a mesma da contabilidade pública. Quando você faz investimento, às vezes aparece como déficit, o que não é”, afirmou.

A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, reforçou a necessidade de avaliar a saúde financeira das estatais pela contabilidade empresarial. “Na contabilidade empresarial, quando se realiza um investimento, o gasto é diferido no tempo, pois tem um tempo de amortização. Ele não entra como uma despesa cheia no ano”, explicou. Dweck destacou ainda que nove das 13 estatais listadas no levantamento registraram lucro, com pagamento de altos dividendos aos acionistas.

A ministra também contextualizou o impacto de medidas adotadas em governos anteriores, como a inclusão de estatais no Plano Nacional de Desestatização, que limitou investimentos. “Quando as retiramos do plano, as empresas puderam voltar a realizar despesas com investimento, o que gera, do ponto de vista contábil, um resultado de déficit, mas não significa prejuízo”, detalhou. Entre as empresas com prejuízo, Dweck citou os Correios como exemplo.

Haddad e Dweck reforçaram o compromisso do governo em reestruturar as empresas estatais para fortalecer sua saúde financeira. “O presidente Lula assinou recentemente o decreto para discutir a reestruturação das estatais, garantindo que possamos melhorar sua performance e preservar seu papel estratégico na economia”, afirmou a ministra.

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