Após quatro anos fechado para requalificação e restauro, o Museu da Misericórdia, no Centro Histórico de Salvador, reabriu nesta terça-feira (17) com uma estrutura modernizada e novas exposições. Com investimento de R$ 11,3 milhões, as obras incluíram a instalação de elevadores, melhorias estruturais e a recuperação minuciosa de elementos históricos, como altares e tetos artísticos. “Essa requalificação foi extensa e delicada, mas conseguimos resgatar detalhes originais e históricos do prédio”, destacou a museóloga Dina Cézar.
As intervenções no edifício, um palacete do século XVII, só foram possíveis graças aos recursos provenientes da Prefeitura de Salvador e do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD), do Ministério da Justiça. A obra foi coordenada pela Superintendência de Obras Públicas (Sucop), garantindo a preservação desse importante patrimônio cultural da cidade.
Durante a cerimônia de reabertura, o provedor da Santa Casa de Misericórdia, José Antônio Rodrigues Alves, relembrou a importância da instituição para Salvador. “A Santa Casa simboliza o compromisso com o cuidado social. Desde suas origens como enfermaria, passando por hospital e orfanato, até se tornar uma referência histórica e cultural para nossa cidade”, afirmou. A reabertura foi marcada pelo lançamento de uma exposição inédita do artista Floriano Teixeira, além da apresentação do acervo fixo, que reúne obras de artistas como Bel Borba e Mário Cravo Júnior.
O prefeito Bruno Reis, presente no evento, comemorou o impacto da revitalização para o turismo cultural. “O Museu da Misericórdia é mais uma oferta cultural para moradores e turistas, especialmente em um momento de valorização do Centro Histórico. A Rua Chile vive um dos melhores períodos de sua história”, disse o gestor. O espaço reaberto promete ser um atrativo importante para a cidade, especialmente durante o período do Natal Luz Salvador 2024.
Com funcionamento de terça a sábado, o museu conta com acessibilidade total e ampliação de espaços expositivos, auditório para 100 pessoas e novas ferramentas interativas. A equipe do museu ressalta que o restauro revelou símbolos e elementos históricos surpreendentes, como brasões da Santa Casa e referências da Igreja Católica e da Maçonaria, integrando passado e presente em um dos principais equipamentos culturais da Bahia.