A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão deu, nesta terça-feira (11), o prazo de três dias para o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) explanar, detalhadamente, as informações recebidas nos últimos sete anos sobre tráfico transnacional de crianças e estupro de vulneráveis.
O pedido tomou como base declarações da ex-ministra Damares Alves (Republicanos-DF), eleita senadora pelo Distrito Federal, ao afirmar, no último sábado (8), que crianças na Ilha de Marajó (PA) seriam traficadas e teriam seus dentes “arrancados para não morderem na hora do sexo oral”. A declaração foi dada na igreja evangélica Assembleia de Deus Ministério Fama, em Goiânia (GO).
De acordo com um documento assinado pelo procurador federal dos Direitos do Cidadão, Carlos Alberto Vilhena, a “manifestação da ex-ministra do MMFDH foi recebida com preocupação e perplexidade, em especial porque pode se tratar de informações sigilosas às quais se teve conhecimento em razão do cargo público então ocupado”. Caso as denúncias sejam comprovadas, Damares pode ser punida por crimes relacionados à omissão.