MP-BA avalia pedido para que Claudia Leitte não seja contratada pelo governo e prefeitura

Instituições alegam racismo religioso após cantora mudar nome de orixá em música

Primeira noite do São João da Bahia no Parque de Exposições tem Claudia Leite e Harmonia do Samba
Foto: Antônio Queirós/GovBA
Foto: Antônio Queirós/GovBA

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) recebeu uma petição solicitando que o Governo do Estado e a Prefeitura de Salvador evitem contratar a cantora Claudia Leitte para apresentações. O pedido foi feito pelo Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras (Idafro) e pela Ialorixá Jaciara Ribeiro, após a artista ser acusada de racismo religioso por alterar um trecho da música “Caranguejo”. O MP-BA informou que a solicitação será analisada pela Promotoria de Justiça responsável.

A polêmica começou quando Claudia Leitte, que se tornou evangélica, modificou a letra original da canção, substituindo a referência a Iemanjá pelo nome “Yeshua”. O episódio gerou críticas de setores religiosos afro-brasileiros, que consideraram a mudança uma forma de apagamento cultural. O Idafro argumenta que, ao alterar um elemento fundamental de uma música ligada ao candomblé, a cantora desrespeitou uma tradição religiosa e reforçou a intolerância contra as religiões de matriz africana.

Diante da repercussão, artistas como Carlinhos Brown e Tatau saíram em defesa de Claudia Leitte, afirmando que a mudança na letra não significa necessariamente preconceito. Tatau pediu calma diante da situação e ressaltou que “o Carnaval é maior do que qualquer artista”. Até o momento, a cantora e sua equipe não se manifestaram sobre o pedido feito ao MP-BA. Caso a recomendação seja aceita, Claudia poderá ser impedida de participar de eventos promovidos pelo poder público na Bahia.

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