O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deputado Adolfo Menezes, declarou nesta segunda-feira (12), em Salvador, que o falecimento do economista Delfim Netto simboliza o encerramento de uma era em que o pensamento conservador tinha referências sólidas no Brasil. “O ex-ministro e ex-deputado federal foi um formulador de conceitos econômicos e políticos que conquistou o respeito tanto de setores da direita liberal quanto da esquerda, mesmo entre aqueles que discordavam de suas ideias”, afirmou Menezes.
Segundo o parlamentar, Delfim Netto integrou um período pós-ditadura em que o debate de ideias era robusto e transcendente, longe da polarização superficial que hoje prevalece nas redes sociais e nas fake news. “É fato que ele serviu ao regime discricionário de 21 anos, mas também é inegável que, no período democrático que se seguiu, foi uma voz constante nas grandes questões nacionais, sendo conselheiro de FHC, Lula e Dilma”, enfatizou Adolfo Menezes. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
Delfim Netto faleceu na madrugada desta segunda-feira, aos 96 anos, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, devido a complicações de saúde. Durante sua longa carreira, ele ocupou importantes cargos, como ministro da Fazenda (1967-1974), ministro do Planejamento (1979-1985), ministro da Agricultura (1979), embaixador do Brasil na França (1975-1977), e deputado federal por São Paulo em cinco mandatos.