O monumento em homenagem a Cristóvão Colombo voltou a fazer parte da paisagem da praça de mesmo nome, situada no Rio Vermelho. A estátua foi totalmente restaurada pela Prefeitura de Salvador, após ser danificada por um acidente de carro, em outubro de 2022, quando o monumento sofreu danos graves, especialmente em uma das peças em ferro fundido e no seu suporte de apoio.
Para a restauração, foi necessário contratar mão de obra especializada para realização de um trabalho minucioso de pesquisa, no sentido de respeitar a linha de trabalho do artista que a concebeu, além de ser o mais fiel possível no uso dos elementos utilizados, mantendo a autenticidade da peça.
Os serviços também contemplaram uma limpeza criteriosa dos elementos artísticos, recomposição de lacunas, pintura e verniz protetivo. Além disso, como parte da vegetação do jardim foi danificada após a colisão, espécies vegetais foram replantadas para compor a estética do conjunto. O custo total foi de R$53 mil.
Monumento escravista
Historiadores e professores de universidades públicas da Bahia criaram o projeto SSA Escravista, responsável por questionar homenagens controversas na cidade que lembram a memória de poderosos senhores e traficantes de pessoas escravizadas no século 19 e 20.
Uma dessas homenagens é justamente a feita para Cristóvão Colombo, já que o português, que ficou marcado na história como “descobridor da América” é acusado por historiadores de negligenciar populações e perspectivas nativas.
O grupo conta que não interessavam a Colombo os nomes originários, e ele renomeou espaços, objetos e pessoas em função dos lugares que estes ocupavam em sua descoberta, para dar-lhes nomes “justos”, ou melhor, adequados à sua proposta. E, dentro dessa premissa, chamou de “índios” os nativos, por crer ter chegado nas Índias.