Matéria atualizada em 25/03/2024 às 11h40 para incluir nota da Limpurb.
A vereadora de Salvador, Marta Rodrigues (PT), criticou nesta quinta-feira (24) a transferência de servidores da Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (LIMPURB) para atuar em Camaçari. Segundo Marta, o deslocamento é ilegal e configura uso indevido da máquina pública. “A transferência de servidores do município soteropolitano para outra cidade é uma nítida demonstração de uso indevido da máquina pública pelo prefeito Bruno Reis com interesses muito questionáveis”, afirmou.
Marta alega que a medida desrespeita a Lei Orgânica do Município (LOM) de Salvador, que define as competências dos servidores municipais. “Utilizar a Limpurb em Camaçari é um escândalo que demonstra conivência de ambos os municípios com a inconstitucionalidade”, destacou a vereadora, cobrando explicações tanto do prefeito de Salvador quanto do prefeito de Camaçari, Elinaldo Araújo.
Além disso, Marta chamou atenção para a situação da coleta de lixo em Salvador, que, segundo ela, tem enfrentado problemas em diversos bairros. “Enquanto Bruno Reis manda a Limpurb para Camaçari, Salvador permanece tomada pelo lixo”, criticou, ressaltando o impacto negativo dessa decisão na capacidade da cidade de atender suas próprias demandas.
A vereadora também levantou suspeitas sobre o momento da movimentação, ocorrendo em pleno período eleitoral. “É completamente questionável tal movimentação. O prefeito de Salvador está emprestando, na cara de pau, os recursos públicos da capital para ajudar um aliado?”, questionou Marta, cobrando esclarecimentos urgentes sobre o caso.
A LIMPURB se manifestou em nota, afirmando “que não há contrato de exclusividade dos equipamentos de transporte das empresas terceirizadas, configurando os veículos como contratação quarteirizada.” A LIMPURB salienta ainda que “os funcionários não são contratados diretamente pela empresa.” No entanto, a nota deixou de esclarecer por que a marca da LIMPURB aparece estampada no ônibus.