Membro da Comissão de Fiscalização, Finanças e Orçamento da Câmara Municipal de Salvador, a vereadora Marta Rodrigues (PT) disse, na quarta-feira (10), esperar que as chuvas arrefeçam em Salvador e que os transtornos gerados por ela sejam resolvidos com urgência, a exemplo da situação de mais de dois mil desalojados em diversos bairros da capital.
“Esperamos que as ações desenvolvidas sejam eficientes e que ninguém precise continuar sofrendo os transtornos e dificuldades causadas por esse temporal que afetou uma cidade que, infelizmente, vive desamparada e desprotegida dos eventos climáticos”, disse. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
Conforme a vereadora, o descaso do município com a Defesa Civil vem de anos. “O prefeito sabe e a Prefeitura também que Salvador tem esse histórico de chuvas e que ele sempre vai surpreender. Mesmo assim reduziu em 55% o orçamento da LOA de 2024 para a Defesa Civil em relação ao ano passado. Saiu de 9,2 milhões em 2023 para 4,2 milhões este ano”, comenta.
Redução
A parlamentar lembra que a redução de 55% no orçamento da Defesa Civil de 2024, em comparação com 2023, acontece justamente num ano eleitoral, e ressalta que além do orçamento menor, o prefeito Bruno Reis só usou este ano pouco mais de 20%, mais especificamente R$ 1 milhão e 38 mil. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
Ano passado, acrescenta ela, do total previsto de R$ 9,2 milhões, a Prefeitura só usou para a Defesa Civil R$ 3.963.740,52. “Esse é um dos tantos caminhos do descaso da Prefeitura com a capital baiana. Este ano de festas, gastou milhões, mas do orçamento para preparar a cidade para as chuvas, usou ano passado menos da metade do orçamento”, disse.

Segundo a vereadora, os estragos dos últimos dias fizeram com que mais de duas mil pessoas fossem cadastradas para receber o aluguel social até que seja destinada uma moradia definitiva ou construída uma contenção de encosta. “Nossa preocupação é que a cada ano esse número de assistido aumente, pois quem busca essa ajuda é porque passou por graves traumas, perda de casa, deslizamentos de terra, uma parte da vida delas foi destruída por ausência recorrente do poder público”, acrescentou Marta.