Presidenta da Comissão de Direitos Humanos e de Defesa da Democracia Makota Valdina, a vereadora Marta Rodrigues (PT) parabenizou o presidente Lula por sancionar, nesta sexta-feira (6), a lei que cria o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, e disse que a atitude é um marco da pluralidade e do respeito à diversidade que irá marcar os próximos quatro anos do governo federal.
“É uma vitória da cultura afro-brasileira, dos povos de santo, das religiões de matrizes africanas e do povo negro. Um Dia Nacional é também um instrumento que dá visibilidade a luta antirracista e contra o racismo religioso. Esta é uma vitória importante de grande significado para o país”, declara a petista.
A data escolhida foi o dia 21 de março, também Dia Internacional contra a Discriminação Racial, marco estabelecido pelas Nações Unidas (ONU) tendo como referência o episódio que ficou conhecido como “Massacre de Shaperville”, em 1960 na África do Sul.
Para Marta, a instituição deste Dia não só dá visibilidade e quebra preconceitos e estigmas contra as religiões de matriz africana, como colabora para trazer à tona a necessidade de políticas públicas de combate ao racismo religioso. Segundo a vereadora, as religiões de matriz africana tiveram papel fundamental para a conquista da democracia, da cidadania e do respeito a todos no Brasil.
“É importante para todo o Brasil, mas principalmente para nossa Bahia, onde se concentram centenas de terreiros há séculos, habitados por descendentes de escravos. Os terreiros são verdadeiros quilombos onde se propagam o amor, a resistência, a irmandade, a união. É inegável a importância das religiões de matrizes africanas para a construção do Brasil e de sua identidade cultural”, disse.
Marta destaca ainda que a sanção desta Lei é uma demonstração inequívoca de que o país adentrou em um governo com respeito a diversidade e a pluralidade, onde o povo, de fato, é quem irá ser beneficiado. “Já foram muitos gestos, mas este é muito importante. Somos um país formado por maioria negra e as religiões de matrizes africanas durante anos sofreram todo tipo de intolerância. Iremos caminhar para acabar de vez com isso”, pontuou.