Marivaldo defende recompra da Refinaria Landulpho Alves: “Nossa cidade perdeu muito”

Vice-prefeito de São Francisco do Conde critica privatização e diz que retomada pela Petrobras traria empregos e crescimento para a região

Foto: Luciano Barreto/PB
Foto: Luciano Barreto/PB

O vice-prefeito de São Francisco do Conde, Marivaldo Amaral (PSB), reforçou a necessidade da recompra da Refinaria Landulpho Alves (Rlam) pela Petrobras para recuperar a economia do município. Em entrevista ao Panorama da Bahia, durante o Madre Verão 2025, ele destacou os desafios enfrentados pela cidade após a privatização da refinaria, em 2021, e cobrou a retomada do controle estatal do equipamento.

“Estamos vivendo um grande desafio, que é a queda da nossa receita, mas temos buscado caminhos e parcerias com o Governo do Estado para superar esse momento. A recompra da refinaria é essencial para a retomada da geração de empregos e o fortalecimento da nossa arrecadação”, afirmou o vice-prefeito.

Segundo Marivaldo, a venda da refinaria para a Acelen, empresa do fundo Mubadala Capital, foi prejudicial para São Francisco do Conde e toda a região. “Nossa cidade perdeu muito com esse ato irresponsável do governo anterior. A refinaria sempre foi um grande patrimônio da Bahia e do Brasil, e a sua privatização tirou empregos e reduziu a arrecadação local. Hoje, temos a expectativa de que, nos próximos meses, a Petrobras possa anunciar a recompra e, assim, recuperar o impacto econômico causado”, pontuou.

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Marivaldo também ressaltou o compromisso do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e do presidente Lula (PT) com o povo baiano e a importância da refinaria para a reindustrialização do setor petrolífero no estado. “Jerônimo tem um carinho enorme por São Francisco do Conde, que já recebeu escolas modernas, uma policlínica e estradas pavimentadas. Agora, com o empenho dele e do presidente Lula, esperamos que a refinaria volte ao controle da Petrobras, garantindo emprego, renda e desenvolvimento para nossa gente”, disse Marivaldo.

Privatização contestada

A refinaria, hoje chamada de Refinaria de Mataripe, foi vendida pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por US$ 1,65 bilhão, cerca de R$ 8,25 bilhões à época. No entanto, segundo especialistas do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Zé Eduardo Dutra (Ineep), a refinaria valia pelo menos o dobro desse valor. Desde então, trabalhadores e lideranças políticas pressionam pela reestatização do ativo, alegando que a venda trouxe impactos negativos para a economia regional.

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