A cantora baiana Margareth Menezes foi convidada pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir o Ministério da Cultura a partir de 2023. A artista aceitou o convite, que, segundo a Folha de S.Paulo, partiu de uma sugestão da socióloga Rosângela Silva, a Janja, esposa de Lula.
Margareth, entretanto, não foi a primeira opção de Lula. A princípio, a atriz Marieta Severo e o rapper Emicida foram procurados, mas não aceitaram a proposta. A revelação do nome de Margareth acontece no mesmo dia em que Lula divulgou os primeiros nomes para ministérios no seu governo.
Após a vitória nas eleições, Lula vinha manifestando o desejo de levar outra vez um símbolo da arte ao Ministério da Cultura, para repetir o efeito da nomeação do compositor Gilberto Gil em seu primeiro mandato.
De preferência, a ideia é que fosse uma mulher ou um afrodescendente. Janja também apostava no impacto de um grande artista e, com a recusa dos primeiros convites, defendeu o nome de Margareth, cantora negra, ícone do Carnaval baiano.
Logo que aceitou o convite, a artista viu seu nome entrar em fritura, por não ter um passado sólido de gestora. Seus críticos, porém, manifestam admiração pela sua trajetória na música. Ao contrário de Gil, que presidiu a Fundação Gregório de Mattos — equivalente da Secretaria Municipal da Cultura —, em Salvador, antes de assumir o MinC, Margareth não tem experiência em gestão pública.