O prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Júnior Marabá (PP), voltou a fazer críticas ao ex-prefeito de Salvador e ex-candidato ao governo da Bahia, ACM Neto (União Brasil). Em entrevista ao BNews TV, nesta quinta-feira (27), Marabá afirmou que “nunca se sentiu reconhecido” por Neto, mesmo após tê-lo apoiado em 2022. “Entreguei 70% na urna de Luiz Eduardo e ajudei na região. Mas nunca fiz parte do meio, nunca fui inserido, nunca me senti relacionado”, disparou.
Marabá também comparou o comportamento político de ACM Neto com o do governador Jerônimo Rodrigues (PT). “A Bahia é composta por municípios de médio e pequeno porte, e quem está presente nesses locais é o governo do Estado. Jerônimo soma, agrega, dá atenção, varre para dentro. É com ele que os vereadores e lideranças têm relacionamento”, afirmou. Segundo ele, a ausência de Neto nos municípios menores dificulta a construção de identidade com o eleitorado do interior.
O prefeito aproveitou a entrevista para relembrar sua experiência com os presidentes Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT). “Recebi o Bolsonaro quando era presidente, e ele e a equipe dele foram muito mal-educados. Fui empurrado pela segurança, ele nem olhou no meu olho. No ano seguinte, recebi Lula, que me cumprimentou, conversou comigo e me tratou com respeito. Educação sempre cabe, independentemente do viés político”, destacou.
Para Marabá, o que falta na política atual é equilíbrio. “Defendo uma política de centro, uma política de empatia. Quando você exerce empatia, você consegue avaliar o que é melhor para as pessoas, seja uma ideia da esquerda ou da direita. O extremismo é muito ruim, é negativo, e muitas vezes isso se refletia no comportamento das pessoas ao redor de Bolsonaro”, avaliou o prefeito.
As declarações de Júnior Marabá têm gerado repercussão nos bastidores da política baiana. “Minha pauta era vir falar da Bahia Farm Show, mas essa leitura que fiz acabou se tornando o principal assunto. Só falei o que muitos pensam e não têm coragem de dizer”, concluiu. O município de Luís Eduardo Magalhães, que ele administra, tem 116 mil habitantes e é um dos principais polos do agronegócio no estado.
