Foto: Ricardo Stuckert/PR
Nesta segunda-feira (10), em Belém (PA), foi inaugurada a programação da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). O presidente Lula (PT) discursou na abertura e ressaltou que a crise climática deixou de ser “ameaça do futuro” para se tornar “tragédia do presente”, convocando todos os países a uma ação coordenada e imediata. O governador Jerônimo Rodrigues (PT) acompanhou o presidente durante a estreia.
Lula lembrou o legado da Rio‑92 e da Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima, afirmando que a escolha da Amazônia como sede da conferência vai além de simbólico. “O bioma mais diverso da Terra é a casa de quase cinquenta milhões de pessoas, incluindo quatrocentos povos indígenas, dispersos por nove países de desenvolvimento”, disse. Ele também destacou que a COP30 será um marco para sair de promessas rumo à implementação concreta.
O presidente ainda criticou o negacionismo climático, considerando que “na era da desinformação” é essencial derrotar os que rejeitam a ciência e o multilateralismo. Ele apelou aos países ricos para que cumpram suas metas, financiem a adaptação, transfiram tecnologia e deem atenção especial aos mais vulneráveis — mulheres, afro-descendentes, migrantes e comunidades tradicionais. Lula afirmou que a “emergência climática é uma crise de desigualdade” e que a transição energética precisa reduzir a distância entre Norte e Sul global.
Com a abertura oficial, a COP30 inicia negociações que se estenderão até 21 de novembro e reunirá lideranças, cientistas, movimentos sociais e representantes de mais de 190 países.
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