Foto: Panorama da Bahia
Durante a solenidade de posse da nova diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Bahia (Sinjorba), nesta sexta-feira (19), em Salvador, a deputada federal Lídice da Mata (PSB) comentou a repercussão da votação da PEC das Prerrogativas, conhecida como PEC da Blindagem, e do pedido de urgência do PL da Anistia. Em entrevista ao Panorama da Bahia, ela destacou que os recuos de parlamentares diante da pressão popular devem ser vistos de forma positiva.
“Eu vejo isso de maneira muito positiva. O parlamentar, ele fica sob uma pressão muito grande dentro do parlamento. E às vezes uma pressão que não corresponde à opinião da sociedade”, afirmou a deputada. Para Lídice, assumir um erro é um gesto de sinceridade com o eleitorado. “Reconhecer que errou é uma coisa importante, ter essa sinceridade com o seu eleitor de dizer: errei, perdão, quero me redimir. Todo mundo erra”, declarou.
Ela também criticou a forma como o texto foi aprovado e defendeu a mobilização da sociedade para impedir a tramitação no Senado. “O texto era muito pior do que esse que foi votado, que já é ruim. Acho que há sempre espaço para que aqueles que se arrependeram possam trabalhar agora para impedir essa votação. E fazer isso agora é, sem dúvida nenhuma, ir pra rua, abraçar o povo e dizer não a essa PEC, não à anistia”, afirmou.
Entre os parlamentares que admitiram arrependimento está o baiano Gabriel Nunes (PSD), que, em nota oficial, reconheceu que seu voto favorável foi baseado em uma versão diferente da proposta. Já o pernambucano Pedro Campos – do mesmo partido de Lídice – anunciou que vai entrar com mandado de segurança para tentar anular a aprovação, justificando que pretendia negociar outra alternativa e que a votação ocorreu de forma distinta do planejado.
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