A Justiça Eleitoral reconheceu que a prefeita de Morro do Chapéu, Juliana Araújo (PDT), foi vítima de violência de gênero durante o processo eleitoral. A decisão foi proferida em uma ação movida pela coligação adversária Unidos Por Morro do Chapéu/BA, em resposta a uma publicação feita pela prefeita em sua página no Instagram, onde relatava ameaças e denunciava importunação sexual e invasão de domicílio.
Na sentença, a juíza Tatiana Tomé Garcia destacou a gravidade dos atos sofridos por Juliana. “A importunação sexual é um ato que viola a integridade física e psicológica da vítima, configurando-se como violência de gênero, especialmente quando direcionada à atual gestora do município, que representa a autoridade do Estado. Tal ato merece veemente desagravo”, afirmou a magistrada.
O Ministério Público Eleitoral também se manifestou sobre o caso. A promotora Mariana Pacheco de Figueiredo reforçou que a agressão sofrida pela prefeita representa uma tentativa de intimidar e manipular o processo eleitoral. “A violência contra uma mulher, prefeita e candidata, transmite a mensagem de que o espaço político, historicamente dominado por homens, não é seguro para mulheres, perpetuando a cultura de assédio e violência”, concluiu a promotora.