A ideia de firmar parceria entre os governos Federal e Estadual com os municípios para desenvolver ações de combate à violência contra a mulher e acolhimento às vítimas foi discutida pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), em entrevista a um programa de rádio de Candeias, nesta terça-feira (10).
“Quando o município acolhe, é mais fácil o Governo do Estado alocar o dinheiro na atenção básica da saúde. Temos que cuidar para que a vítima tenha toda a assistência”, afirmou o chefe do Poder Executivo Estadual.
O tema ganhou grande destaque em Candeias desde a semana passada por conta da notícia, veiculada no Panorama da Bahia, de que o irmão do prefeito Pitágoras (PP), Carlos Antônio Ibiapina, o Carlinhos, cometeu atos de violência contra a ex-mulher. “Acontece com gente esclarecida, como na família do prefeito de Candeias. Mas ele tem todo direito de ir à Justiça se defender”, afirmou Jerônimo.
Carlinhos invadiu o consultório odontológico da ex-mulher, Raquel Lordelo, com arma em punho, e destruiu parte do local. O ato de violência, que foi registrado em vídeo, causou a exoneração de Carlinhos da chefia da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
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O episódio gerou uma mobilização apartidária de mulheres na última segunda-feira (9), na Praça Irmã Dulce, em Candeias. A candidata a prefeita pela coligação ‘Candeias Pode Muito Mais’, Marivalda da Silva (PT), e sua vice, Tonha Magalhães (Avante), felicitaram as participantes do ato.
Educação para transformar
Também na entrevista à rádio de Candeias, Jerônimo disse que as vítimas de violência contra a mulher merecem todo o cuidado de equipes de saúde, o que inclui tratamento psicológico. Para evitar que novos episódios aconteçam no futuro, o governador disse ser importante também investir em Educação.
“É preciso falar sobre isso nas escolas, levar informações, para que os homens não agridam as mulheres e para acolher as mulheres”, conta. “Farei todo o meu esforço e ao longo do tempo criaremos essa nova cultura”, conclui Jerônimo.
A campanha da coligação ‘Candeias Pode Muito Mais’ (PT, PSD, PSB, PC do B, PV, PMN, Agir, Avante e Republicanos, além do apoio do MDB e do Rede) tem reivindicado o combate à violência contra a mulher.