As esperanças de um breve cessar-fogo no Sul de Gaza para permitir que os portadores de passaportes estrangeiros deixem o enclave palestino sitiado e que ajuda seja levada ao local foram frustradas nesta segunda-feira (16), com a intensificação dos bombardeios israelenses antes de uma esperada invasão terrestre.
Moradores de Gaza, governada pelo Hamas, disseram que os ataques durante a noite foram os mais pesados em nove dias de conflito. Muitas casas foram destruídas e o número de mortos aumentou, segundo eles.
Esforços diplomáticos estão em andamento para levar ajuda ao enclave, que tem sofrido bombardeios israelenses implacáveis desde o ataque a Israel, em 7 de outubro, por militantes do Hamas que matou 1.300 pessoas – o dia mais sangrento da história de 75 anos do Estado.
Israel impôs bloqueio total, está preparando uma invasão terrestre em Gaza e promete destruir o Hamas, que continua a disparar foguetes contra Israel desde seu breve ataque na fronteira. Nesta segunda-feira, sirenes de alerta de foguetes soaram em várias cidades do Sul de Israel, segundo os militares israelenses. Tropas e tanques já estão concentrados na fronteira.
Autoridades de Gaza disseram que, até o momento, pelo menos 2.750 pessoas foram mortas pelos ataques israelenses, um quarto delas crianças, e quase 10 mil ficaram feridas. Mil pessoas estão desaparecidas e acredita-se que estejam sob os escombros.
À medida que a crise humanitária se agrava, com escassez de alimentos, combustível e água, centenas de toneladas de ajuda de vários países foram retidas no Egito, enquanto é aguardado um acordo para sua entrega segura a Gaza e a retirada de alguns portadores de passaportes estrangeiros pela passagem de fronteira de Rafah.