O Instituto Anísio Teixeira (IAT), administrado pela Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC), celebra 41 anos de contribuição para a formação continuada de professores da rede estadual, destacando o papel crucial da tecnologia e da inovação nesse processo. Juliana Silveira, professora e gestora da rede estadual de Feira de Santana, é um exemplo dessa transformação. Com 21 anos de carreira e 18 anos de formação continuada pelo IAT, ela utilizou os estudos em Mídias Digitais e Aprendizagem Criativa para criar a Biblioteca Virtual de Jorge Amado, integrando obras digitalizadas do escritor baiano ao currículo escolar.
“Por conta das novas tecnologias, a mudança é muito intensa e muito rápida. Essas formações nos permitem impulsionar nosso trabalho em sala de aula. A partir da residência, pude estimular a leitura dos meus alunos, levando a literatura clássica para o virtual. Para mim, isso foi ímpar”, destacou a educadora sobre o reflexo das atividades formativas no seu trabalho em Feira de Santana. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
O Plano de Formação Continuada do instituto é voltado não só para gestores como Juliana, mas também para professores da rede estadual, técnicos e outros profissionais da educação. Fazem parte da grade curricular a formação em ‘Gestão Escolar’, ‘Saúde Mental e Emocional nas Escolas’, ‘Assédio Zero’, ‘Educação Antirracista’ e ‘Tecnologias na Educação’. No interior da Bahia, o trabalho acontece em regime de colaboração com as prefeituras, envolvendo também professores da educação básica do Município.
Iuri Rubim, diretor-geral do instituto, enfatizou que o trabalho do IAT tenta atender às necessidades específicas de cada Território de Identidade do estado, o que torna as frentes de trabalho bastante amplas. “Hoje a gente tem um desafio muito grande de entender nossa história e repensar essas formações para um mundo que está em transformação, que está se digitalizando, que encurta distâncias usando conectividade, um mundo que é híbrido”, analisou.
No interior do estado, o projeto Caravanas Digitais também incentiva atividades lúdicas entre docentes e estudantes, integrando os alunos à formação, com jogos analógicos e digitais. Para o planejamento dos próximos anos, Rubim ainda destacou projetos específicos para a educação indígena, do campo e quilombola. “Uma educação quilombola vai atender educadores mais localizados. A gente procura combinar as necessidades e entender que a Bahia é um país, com territórios diversos”. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
Além disso, o IAT realiza anualmente o Festival da Invenção e Criatividade em Salvador, apresentando trabalhos sonoros e audiovisuais, mostras de robótica e de games, com espaço aberto para alunos e professores.
41 anos de IAT
Em celebração aos 41 anos do instituto, acontece nesta segunda e terça-feira (3 e 4), na sede do instituto, em Salvador, o seminário ‘Educação e a Máquina de Fazer Democracia’. Os educadores debatem ‘educação na era das mídias’, ‘democratização no acesso ao conhecimento’, ‘educação e arte tech’ e ‘tendências na educação’. Durante o evento também acontece o lançamento do 12º volume da Revista Estudos IAT, que nesta edição tem uma entrevista com Custódio Luís Silva Almeida, reitor da Universidade Federal do Ceará.