A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) anunciou, nesta quinta-feira (18), que está enfrentando desafios financeiros devido a questões contratuais com a Prefeitura de Salvador. Em resposta a essa situação, uma série de medidas foi implementada para garantir o equilíbrio financeiro da entidade.
A partir desta sexta (19), a ABI passará por mudanças significativas em sua rotina, incluindo um novo horário de funcionamento e a suspensão temporária de diversas atividades, incluindo o fechamento do Museu de Imprensa por tempo indeterminado. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
O Edifício Ranulfo Oliveira, sede da ABI, que abriga espaços culturais essenciais como a Biblioteca Jorge Calmon e o Museu de Imprensa, está no centro de um impasse com a Prefeitura Municipal de Salvador, seu atual locatário. A ABI alega que a prefeitura congelou o valor dos aluguéis desde outubro de 2016 e não reconhece o passivo acumulado devido à falta de reajustes anuais, conforme estipulado no contrato.
Ernesto Marques, presidente da ABI, destacou o compromisso da entidade com a segurança e expressou disposição para negociar uma solução que beneficie ambas as partes. No entanto, “enquanto aguarda um posicionamento do prefeito Bruno Reis, a ABI se viu obrigada a adaptar suas operações para garantir a estabilidade financeira”.
Os serviços oferecidos pela ABI serão restritos às segundas, quartas e quintas-feiras, das 8h às 17h, com expediente remoto nos demais dias. Projetos culturais importantes, como a Revista Memória da Imprensa e o Senado ABI, destinado à interação entre jornalistas veteranos e a nova geração, estão entre os afetados pela situação. O futuro do Museu de Imprensa e do projeto Série Lunar, em parceria com a Escola de Música da UFBA, também permanece incerto. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
Enquanto busca estratégias para enfrentar seus desafios financeiros, a ABI diz que está priorizando a conservação de seus acervos e mantendo apenas compromissos previamente agendados, como visitas guiadas e atividades acadêmicas. A esperança agora está na sensibilidade do prefeito Bruno Reis para resolver o impasse e permitir que a entidade retome plenamente suas atividades em prol da cultura e da memória da comunicação na Bahia.
O Panorama da Bahia entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Salvador e aguarda resposta para complementar a reportagem.