O Hamas rejeitou a proposta de trégua provisória feita por Israel e anunciou que só aceitará um acordo que inclua o fim total da guerra em Gaza, a libertação de todos os palestinos presos em Israel e a reconstrução do território. Segundo o líder do grupo em Gaza, Khalil Al-Hayya, “Netanyahu e seu governo usam acordos parciais como cobertura para sua agenda política”, e o Hamas não aceitará mais negociações limitadas.

Israel, por sua vez, havia proposto uma trégua de 45 dias para viabilizar a libertação dos 59 reféns ainda sob controle do Hamas. O grupo palestino, no entanto, rejeitou condições como a entrega de armas e voltou a endurecer sua posição, enquanto novos ataques israelenses deixaram ao menos 32 palestinos mortos na quinta-feira (18), incluindo mulheres e crianças. Um dos bombardeios atingiu uma escola da ONU em Jabalia, onde, segundo Israel, funcionava um centro de comando do Hamas.

A atual guerra, iniciada após o ataque do Hamas ao sul de Israel em outubro de 2023, já causou mais de 51 mil mortes entre os palestinos, segundo autoridades locais de saúde. Os Estados Unidos e Israel classificam o Hamas como organização terrorista e mantêm pressão internacional para a libertação dos reféns. A última rodada de negociações no Cairo terminou sem avanços, e o conflito continua sem sinal de solução próxima.