Foto: GovRJ
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), poderá ter o mandato cassado após a megaoperação policial que deixou mais de 100 mortos no Complexo do Alemão e na Penha. O caso será analisado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima terça-feira (4), quando será julgado o recurso do Ministério Público Eleitoral (MPE) que questiona sua conduta na campanha de 2022.
O processo envolve supostas irregularidades na contratação de servidores temporários pela Fundação Ceperj e pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Segundo o vice-procurador-geral eleitoral, Alexandre Espinosa, o governador teria obtido vantagem eleitoral ao realizar contratações sem amparo legal e transferir recursos para entidades desvinculadas da administração pública. O MPE pede ao TSE a reversão da decisão do TRE-RJ, que havia absolvido Castro e outros quatro réus.
Além do processo eleitoral, o clima político se agravou após a operação nas comunidades do Rio. O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o afastamento do governador, alegando uso político das forças de segurança. Já a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara pediu ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, a prisão preventiva de Castro por sua responsabilidade nas ações da polícia durante a operação.
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