Gilmar Mendes rebate críticas e afirma: “Não há ditadura da toga no Brasil”

Publicação no X ocorreu após atos em São Paulo e outras cidades com apoiadores de Bolsonaro

Gilmar Mendes rebate críticas e afirma: “Não há ditadura da toga no Brasil”
Foto: Fellipe Sampaio/STF
Foto: Fellipe Sampaio/STF

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), usou as redes sociais neste domingo (7), para responder às críticas contra o Judiciário. Ele afirmou que não existe “ditadura da toga” no país e destacou que a Corte atua como guardiã da Constituição e da democracia.

A declaração foi publicada na rede X poucas horas após manifestações em São Paulo e em outras cidades reunirem apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que pediram anistia para condenados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro e para o próprio ex-presidente.

“Não há, no Brasil, ditadura da toga, tampouco ministros agindo como tiranos. A verdadeira liberdade não nasce de ataques às instituições, mas do seu fortalecimento”, escreveu o ministro.

Sem citar nomes, Mendes fez referência a episódios da gestão Bolsonaro, como a condução da pandemia e as críticas ao sistema eleitoral.

“Se quisermos falar sobre os perigos do autoritarismo, basta recordar o passado recente de nosso país: milhares de mortos em uma pandemia; vacinas deliberadamente negligenciadas por autoridades; ameaças ao sistema eleitoral e à separação de Poderes; acampamentos diante de quartéis pedindo intervenção militar, tentativa de golpe de Estado com violência e destruição do patrimônio público, além de planos de assassinato contra autoridades da República”, comentou o ministro.

A publicação também respondeu indiretamente ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que, em ato na Avenida Paulista, classificou o ministro Alexandre de Moraes como “tirano”. Para Mendes, o verdadeiro risco ao país não está no STF, mas nas tentativas de ruptura democrática.

“O que o Brasil realmente não aguenta mais são as sucessivas tentativas de golpe que, ao longo de sua história, ameaçaram a democracia e a liberdade do povo. É fundamental que se reafirme: crimes contra o Estado Democrático de Direito são insuscetíveis de perdão! Cabe às instituições puni-los com rigor e garantir que jamais se repitam”, concluiu o ministro Gilmar Mendes.

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