A saúde de Camaçari enfrenta um colapso na regulação, com 72 mil procedimentos parados, reflexo da gestão do ex-prefeito Elinaldo Araújo (União Brasil). O problema foi denunciado pela secretária de Saúde, Rosangela Almeida, em entrevista à rádio Líder FM nesta terça-feira (11). “Não criamos essa situação, ela não foi gerada por nós, mas estamos trabalhando para resolver”, afirmou. O acúmulo de exames impacta diretamente a população, já que muitos pedidos podem estar vencidos, exigindo reavaliação médica.
O problema se agravou com o encerramento dos contratos com prestadores de serviço, feito pela gestão anterior. “Tivemos os contratos com os prestadores quase na sua totalidade suspensos. A gente não tinha acesso para encaminhar pacientes e encontramos um passivo financeiro importante, dificultando ainda mais a retomada dos atendimentos”, explicou a secretária. A falta de recursos para pagar serviços já prestados também é um obstáculo para a normalização do sistema.
A situação foi ainda pior na regulação municipal, que ficou sem profissionais e equipamentos após a saída da antiga gestão. “Além dos profissionais reguladores, que tiveram seus contratos suspensos, também não encontramos os computadores, já que eram locados. Sem mão de obra e sem equipamento, é impossível retomar os atendimentos”, afirmou Rosangela. Para tentar resolver a crise, a prefeitura já iniciou o treinamento de novos reguladores, buscando normalizar os serviços o mais rápido possível.
