Gelo marinho da Antártida tem baixa recorde e situação preocupa

Mudanças têm consequências sérias para animais como os pinguins

Foto: Alan Arrais/Agência Brasil
Foto: Alan Arrais/Agência Brasil

O gelo que rodeia a Antártida chegou neste inverno ao nível mais baixo já registrado, causando preocupações e elevando temores dos cientistas de que o impacto das mudanças climáticas no Polo Sul esteja se intensificando. A informação é do Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos Estados Unidos (NSIDC, em inglês).

Pesquisadores afirmam que as mudanças podem ter grandes consequências para animais como os pinguins, que se reproduzem e criam seus filhotes no gelo marinho, além de acelerar o aquecimento global, por reduzir a quantidade de luz refletida pelo gelo branco para o espaço.

As placas de gelo da Antártida atingiram seu pico neste ano em 10 de setembro, quando cobria 16,96 milhões de quilômetros quadrados, menor máxima para um inverno desde o início da medição por satélite, em 1979, informou o NSIDC. Trata-se de aproximadamente 1 milhão de quilômetros quadrados a menos do que o recorde anterior, de 1986.

A mudança nos últimos anos para condições de baixas recordes tem deixado cientistas preocupados com a possibilidade de as mudanças climáticas estarem finalmente mostrando as consequências no gelo marinho da Antártida.

Um artigo acadêmico publicado neste mês pelo jornal Communications Earth and Environment descobriu que as maiores temperaturas dos oceanos, provocadas principalmente pelos gases causadores do efeito estufa, estão contribuindo para baixar os níveis de gelo marinho desde 2016.

“A mensagem-chave aqui é a de que precisamos proteger essas partes congeladas do mundo que são muito importantes por uma série de fatores”, afirmou Ariaan Purich, da Universidade Monash, na Austrália. Ele é um dos co-autores do estudo. “Nós realmente precisamos reduzir nossas emissões de gases do efeito estufa”, finalizou.

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