A partir de 4 de novembro, a Casa das Histórias de Salvador receberá a exposição “Ecos Malês”, uma homenagem à Revolta dos Malês de 1835, o maior levante de negros escravizados do Brasil. A exposição, com curadoria de João Victor Guimarães e co-curadoria de Mirella Ferreira, pretende “reverberar as forças e os poderes dos negros escravizados e libertos em busca de liberdade”, segundo Guimarães.
A mostra, que ocupará o quarto andar da Casa das Histórias, destacará a contemporaneidade dos princípios filosóficos e estratégicos presentes no movimento, especialmente entre os negros islamizados. Um dos núcleos da exposição, chamado “Ruas da Revolta”, será inspirado em locais de Salvador onde a revolta se desdobrou. “Essa é uma ideia que vem da proposta do equipamento. São aproximações e elos que se retroalimentam e adquirem outros sentidos”, explicou o curador.
Para a co-curadora Mirella Ferreira, “a exposição dará a oportunidade de se caminhar por vestígios contemporâneos inspirados na herança histórica trazida pelo levante”, proporcionando uma profunda reflexão sobre o impacto e a relevância do evento na formação da identidade brasileira.

Além disso, o secretário Municipal de Cultura e Turismo, Pedro Tourinho, destacou a importância da exposição: “Sediar uma exposição como essa na Casa das Histórias de Salvador é promover justa relevância a esse evento e aos que dele participaram”.
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Antes de “Ecos Malês”, a Casa das Histórias se despede da exposição “Acervo da Laje: 14 anos contando histórias (invisíveis) de Salvador”, que fica em cartaz até 29 de setembro. O espaço, gerido pela Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), funciona de terça a domingo, das 9h às 17h, e os ingressos – R$20 (inteira) e R$10 (meia entrada – estão à venda no Sympla ou na bilheteria do local.
