O ex-prefeito de Salvador, João Henrique, confirmou sua pré-candidatura a vereador – provavelmente pelo PSDB –, nas eleições de 2024. Ele participou, nesta quarta-feira (30), na Câmara Municipal, do projeto “Lembranças do Futuro de Salvador”, que homenageia ex-prefeitos da capital baiana.

“Procede, porque a gente tem o que contribuir, se eu não tivesse o que contribuir, eu não seria candidato”, disse, em entrevista. Segundo João Henrique, com o avanço da internet, ele terá ferramentas digitais para fazer um trabalho moderno, atual, humano, sensível e inteligente.
Perguntado sobre a gestão do atual prefeito Bruno Reis, João Henrique elogiou a administração e destacou dois exemplos de práticas de cidades inteligentes: “as bicicletas compartilhadas, que começou com ACM Neto […] e as sirenes que avisam quando as chuvas estão encharcando o terreno”.
João Henrique usou o adjetivo “relevante” para comentar sobre as intervenções do governo do estado na capital baiana, sobretudo na área de mobilidade. “Goste ou não do governador Jerônimo Rodrigues, a gente tem que reconhecer, na área da mobilidade urbana eles tem feito muito sim, e eu acredito que essa ponte Salvador-Itaparica vai sair”, finalizou o pré-candidato a vereador de Salvador.
João Henrique Carneiro foi prefeito de Salvador em duas gestões, 2004 a 2008, e reeleito para segundo mandato, de 2008 a 2012. Além da prefeitura, ocupou os cargos de vereador em Salvador, entre 1989 e 1994, e deputado estadual entre 1995 e 2004.
Em sua primeira eleição, obteve 74,69% dos votos válidos no segundo turno da capital baiana. Na reeleição, o percentual caiu pra 58,46%, também em segundo turno.

Condenação
Condenado pelo Tribunal de Contas do Município – junto com o deputado federal e ex-secretário de Educação, Cultura, Lazer e Turismo, João Carlos Bacelar (PV) –, João Henrique ainda não quitou as dívidas com a Prefeitura. O valor que, inicialmente, era de R$ 47,7 milhões, acumula diariamente e já chega a R$ 57.8 milhões. O débito é cobrado pela Procuradoria Geral do Município (PGM).
A dívida é referente à condenação do TCM que, em 2021, determinou que João Henrique e João Bacelar deveriam devolver aos cofres públicos a quantia após uma auditoria apontar irregularidades e desvio de recursos em quatro convênios da prefeitura com a ONG Fundação Pierre Bourdieu, nos anos de 2011 e 2012, envolvendo recursos de cerca de R$ 115 milhões para ações educacionais.