“Estamos firmes contra a intolerância religiosa”, declara o Ouvidor-geral da Câmara, Augusto Vasconcelos

Vereador prestou homenagens a Yalorixá Carmem de Oyá, matriarca do Terreiro Ilê Axé Oyá Mesi

Foto: Reginaldo Ipê/CMS
Foto: Reginaldo Ipê/CMS

Na última quinta-feira, 30 de novembro, a Câmara Municipal de Salvador (CMS) homenageou Yalorixá Carmem de Oyá, matriarca do Terreiro Ilê Axé Oyá Mesi, pelos seus 47 anos de iniciação no Candomblé.

A sessão especial foi proposta e mediada pelo vereador e Ouvidor-Geral da CMS, Augusto Vasconcelos (PCdoB), e ocorreu no Plenário Cosme de Farias. Na ocasião, o parlamentar declarou o compromisso da Casa Legislativa, aliado ao seu mandato, pela liberdade religiosa.

“Você não precisa ser uma pessoa do candomblé para lutar contra a intolerância religiosa, nem precisa ser uma pessoa negra para enfrentar o racismo, não precisa ser uma pessoa deficiente para lutar contra o capacitismo, nem precisa ser mulher para lutar contra o machismo. É necessário que a gente se incorpore, sem querer assumir o protagonismo, mas ser aliado dessas lutas, para que possamos ter uma sociedade justa”, disse Augusto.

Fundado em 1994, o Ilê Axé Oyá Mesi é um símbolo de resistência da religião afro-brasileira na capital baiana.

“Todas as pessoas devem ter uma religião, devem ter uma fé, devem ter um amor à um sagrado… Seja do candomblé, seja da igreja católica, seja do evangelho, seja de onde for, mas todos nós temos que ter um Deus na nossa vida, no nosso caminho. Sou muito feliz por ter sido escolhida pelos orixás e estar aqui hoje. Que todos possam propagar a sua fé”, compartilhou a Yalorixá Carmem.

O encontro enfatizou o respeito contínuo às manifestações e diversas expressões religiosas. A Sessão também celebrou a aprovação da consagração do dia 20 de novembro, data que marca o Dia da Consciência Negra, como feriado nacional.

“É um ato de reconhecimento de um dos nossos heróis nacionais. Um reconhecimento a um líder popular, que ao lado de outros e outras, como Dandara, que no Quilombo dos Palmares e tantos outros quilombos espalhados pelo país, se rebelaram contra o processo de desumanização e coisificação de pessoas” ressaltou Augusto.

Durante a sessão, também foi destacado os avanços obtidos na luta contra o racismo e a intolerância, ratificando que um longo caminho precisa ainda ser percorrido.

Compondo a mesa da solenidade ao lado de Vasconcelos e da homenageada, fizeram-se presentes o Babalorixá Lomanto Silva, do Ilê Axé Ajunssu Benoí; o Axogum Wesley França, filho biológico de mãe Carmem; o doutor em literatura e cultura Ramon Belmonte, yaô do Ilê Axé Oyá Mesí; a jornalista Cristiele França, idealizadora do programa Mojubá da Rádio Metrópole, repórter na TV Câmara Salvador e primeira ekedy do Ilê Axé Oyá Mesi; e Leonel Monteiro, presidente da AFA – Associação Brasileira de Preservação da Cultura Afro-Ameríndia.

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