A vereadora Marta Rodrigues (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos e de Defesa da Democracia da Câmara de Salvador, expressou preocupação com o impacto do ordenamento do comércio na Avenida Joana Angélica sobre os ambulantes. A decisão, proferida pela 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), obriga o município a reorganizar o espaço para melhorar o tráfego de veículos e pedestres, mas Marta alerta para o risco de que muitos trabalhadores informais fiquem sem fonte de renda.
“É fundamental um plano de ordenamento naquela região, mas esperamos que o executivo municipal não se valha da decisão da Justiça para desamparar dezenas de ambulantes, como é de costume da gestão. São trabalhadores que tentam tirar o sustento da família”, afirmou a vereadora, destacando a necessidade de fiscalização para garantir que os direitos dos ambulantes sejam preservados.
Marta Rodrigues também lembrou que Salvador está entre as capitais com os maiores índices de desemprego e desnutrição, segundo um levantamento do Instituto Cidades Sustentáveis (ICS). Ela criticou a gestão atual pela falta de políticas públicas eficazes para a geração de emprego e renda e enfatizou que o ordenamento dos ambulantes deve ser feito com cautela. “Nos preocupa muito quando a prefeitura fala em ordenar ambulantes, pois sabemos que, na verdade, ela pode é tirar o pão de cada dia de muita gente,” concluiu Marta.