Foto: Reginaldo Ipê/CMS
A vereadora Aladilce Souza (PCdoB), líder da bancada de oposição na Câmara de Salvador, acusou a Prefeitura de tentar aplicar um “golpe no PDDU” ao apresentar projetos que, segundo ela, modificam leis urbanísticas sem passar pela revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano. Como vice-presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a parlamentar pediu vistas para analisar as proposições do Executivo, entre elas o PLC 004/2025 e o PLE 424/2025.
Aladilce citou ainda o PL 175/2024, aprovado recentemente em regime de urgência, como exemplo da postura da gestão. “O prefeito Bruno Reis nos acusa de propagar fakenews ao dizer que a proposta não interferia no PDDU, mas nós provamos que previa a Via Atlântica passando pelo Vale Encantado. Agora ele tenta elevar o gabarito de toda a orla em 50% sem qualquer discussão, passando o rolo compressor”, afirmou.
Outro ponto de crítica da vereadora é a contratação, por mais de R$ 3 milhões e sem licitação, da Fundação Getúlio Vargas para apresentar uma proposta de revisão do PDDU. Para Aladilce, a medida demonstra a intenção de empurrar alterações de forma fragmentada. “Está claro que a intenção é postergar a revisão e ir passando mudanças via projetos de lei, sem a participação popular”, protestou.
Como exemplo, ela citou o PLC 004/2025, que institui o Plano Diretor de Tecnologias da Cidade Inteligente de Salvador (PDTCI) e altera a denominação da COGEL. “É um verdadeiro capítulo da revisão do PDDU, que teria que incorporar esse plano de cidade. Que cidade inteligente é essa que nós queremos? Isso é uma discussão que tem que ser ampla, com a sociedade, e não pode ser feita de forma unilateral”, concluiu.
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