A gestão municipal de Lauro de Freitas está enfrentando um cenário caótico que veio à tona após vazamento de informações sobre uma dívida acumulada de mais de R$ 10 milhões com empresas responsáveis pela limpeza urbana. As empresas afetadas são o consórcio Jotagê e a Limp City, que há cerca de 8 meses não recebem o pagamento de faturas pelos serviços prestados, incluindo a coleta de lixo na região.
A situação se agravou significativamente após a Battre, empresa encarregada do aterro sanitário, suspender suas atividades devido à falta de pagamento por parte da administração atual.
As informações sobre a dívida milionária foram reveladas por trabalhadores ligados à limpeza urbana e representantes de sindicato patronal em um encontro na última segunda-feira (4). No dia seguinte, a denúncia ganhou destaque com manifestações de garis e margaridas, que pedem por medidas judiciais para assegurar seus direitos.
Um dos garis de Lauro de Freitas, que preferiu não se identificar por receio de retaliações, expressou sua indignação: “A situação só não é pior porque as empresas estão segurando esse ‘rojão’ que Moema Gramacho [prefeita] deixou na mão delas. Eu mesmo não sabia o valor, não tinha noção que eram tantos meses de atraso. Como trabalhador, me sinto desprestigiado e sem segurança alguma em meu emprego. A atividade está comprometida na cidade.”
O Panorama da Bahia entrou em contato com a assessoria da Prefeitura de Lauro de Freitas, mas ela preferiu não emitir um posicionamento sobre o assunto. O caso permanece como preocupação tanto para as empresas afetadas quanto para os profissionais de limpeza que prestam serviços ao município.