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Defesa de Bolsonaro tem até esta segunda (27) para recorrer da condenação no STF

Prazo para apresentação dos embargos de declaração termina às 23h59

Governo do DF pede avaliação médica para saber se Bolsonaro pode cumprir pena na Papuda

Foto: Fabio Pozzebom/Ag. Brasil

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por Redação

Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus do núcleo 1 da trama golpista têm até as 23h59 desta segunda-feira (27) para apresentar embargos de declaração ao Supremo Tribunal Federal (STF). O prazo começou a contar no dia 23, um dia após a publicação do acórdão de condenação no Diário de Justiça Eletrônico (DJe).

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Os embargos de declaração são recursos que buscam esclarecer eventuais contradições, omissões ou erros materiais em decisões judiciais, como falhas de digitação ou de cálculo. O instrumento não tem poder para reverter condenações, mas pode resultar em ajustes nas penas fixadas. Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão.


Os recursos apresentados serão analisados pela Primeira Turma do STF, em julgamento virtual que ainda não tem data definida. As defesas podem argumentar que os crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado Democrático de Direito deveriam ser tratados como um único, e não somados – tese já rejeitada pela maioria dos ministros durante o julgamento.

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Caso os embargos sejam negados, os advogados ainda podem recorrer novamente. Se também forem rejeitados, o Supremo deve declarar o trânsito em julgado da decisão, tornando a condenação definitiva e permitindo o início da execução das penas.

Entre os condenados está o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Seus advogados, que conseguiram manter o acordo de delação premiada que previa pena de 2 anos de prisão, não devem questionar o entendimento dos ministros.

Relembre as penas fixadas para cada um dos réus:

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  • Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão;
  • Walter Braga Netto, general da reserva, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, condenado a 26 anos de prisão;
  • Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, condenado a 2 anos em regime aberto;
  • Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa, condenado a 19 anos de prisão;
  • Augusto Heleno, general e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), condenado a 21 anos de prisão;
  • Almir Garnier, almirante e ex-comandante da Marinha, condenado a 24 anos de prisão;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF, condenado a 24 anos de prisão;
  • Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), condenado a 16 anos, 1 mês e 15 dias de prisão.

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