A prefeita de Lauro de Freitas, Débora Regis (União Brasil), anunciou nesta segunda-feira (30) que irá reduzir 30% de seu salário a partir de janeiro, como medida de contenção de gastos diante da grave crise financeira do município. O gesto foi revelado durante uma coletiva de imprensa e em resposta às críticas da oposição sobre o aumento salarial aprovado recentemente pela Câmara Municipal. “Eu irei ter responsabilidade com o dinheiro público. Se eu tiver que cortar na carne, vou cortar. O que me move não é dinheiro, é a vontade de construir uma nova Lauro de Freitas”, afirmou.
Com o reajuste, o salário da prefeita passaria de R$ 26 mil para R$ 37 mil, superando inclusive o valor recebido pelo prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), que será de R$ 32 mil em 2025. No entanto, com o corte de 30%, Débora continuará recebendo cerca de R$ 26 mil mensais, revertendo o aumento. A gestora aproveitou a oportunidade para convidar seus secretários a fazerem o mesmo, ressaltando que o exemplo deve partir de toda a equipe. “Gostaria que os secretários me acompanhassem. Sei que estão me olhando com cara feia [risos], mas precisamos fazer nossa parte”, brincou.
Além do salário da prefeita, o vencimento do vice-prefeito Mateus Reis (União Brasil) também foi reajustado pela Câmara Municipal, com uma porcentagem ainda maior. Em 2025, Mateus passará a receber R$ 23 mil, um aumento de 54% em relação ao vencimento anterior, que era de R$ 14 mil.
A decisão de Débora foi vista como uma estratégia para se distanciar de polêmicas e reafirmar seu compromisso com a recuperação financeira do município. “Se fizeram isso para botar uma casquinha de banana para mim, não vai funcionar. O foco é transformar a cidade, e estamos prontos para os desafios que virão”, declarou a prefeita, referindo-se às provocações da oposição.
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A iniciativa reforça a postura de austeridade prometida por Débora durante sua campanha, alinhada à meta de superar a crise herdada da gestão anterior. Além do corte salarial, a prefeita diplomada planeja implementar medidas adicionais de contenção de despesas e priorizar investimentos em áreas essenciais, como saúde, educação e infraestrutura.
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